quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Capitalistas

O que pensamos ser?
Se não um simples mortal.
Do que falamos tanto?
Se não sobre o grande capital.

Jogamos fora a igualdade.
Por que não a vida, enfim?
Corroemos a dignidade.
Por que não dar a esperança, um fim?

Possuímos uma mentalidade sórdida
A alma desqualificada
O pensamento inconveniente
Uma atitude desesperada.

Passamos por cima de direitos
Implantamos imensos deveres
Proclamamos a liberdade
Mas pressionam-nos a seguir
por uma única direção.

Nós, humanos, nunca fomos livres.
Pois, ao sentir o sabor da liberdade,
não sabemos o que fazer com ela.

Poema escrito em 2011.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Contágio

Vidas vazias, opostas sensatas
Vidas que assim surgiram do nada
Vidas completas, eternas e frias
Vidas se cruzam em ruas vazias
Vidas selvagens, incrédulas, medonhas
Vidas se hipnotizam, se contradizem
Vidas que sonham e até realizam.
Vidas escuras, alegres ou loucas
Vidas abertas, espertas são poucas.
Vidas extremas, estranhas e ingênuas
Vidas impunes, culpadas, inocentes
Vidas que perturbam nossa mente
Vidas estreitas, enormes, medíocres
Vidas tão pobres, tão ricas, inúteis
Vidas cansadas, dispostas e sólidas
Vidas existentes, sem serem notadas
Vidas "passado", "presente" e "futuro"
Vidas divididas, confusas e sem rumo
Vidas amenas, mentira ou verdade
Todas padecem com a crueldade!
Vidas sutis, pagãs ou ateus
Todas terminam com um último adeus...
[Ou não...]

Poema escrito em 2010.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Será que temos poder?

Sabemos o que deveríamos saber?
Conhecemos o que deveríamos conhecer?
Seria preciso provar para crer?
Teríamos nós, seres medíocres, o poder?

Poder de quê? Poder pra quê?
Temos sim!

Poder pra humilhar,
pra enganar,
pra magoar,
pra refletir,
pra se exibir,
saber mentir.

Seríamos sãos o suficiente?
Sabemos a todos compreender?
Teríamos nós, seres medíocres, o poder?

Odiamos as pessoas
Competimos conosco mesmo
Seria pra se sentir melhor?
Ou fazer o outro pior?

Fazemos o que deveríamos fazer?
Olhamos além do amanhecer?
Teríamos nós, seres humanos, o poder?

Poema escrito em 2010.

Essa é uma poesia sem nome...


Quero estar de bem com a vida
E andar, assim, sem ser vista
Que pena não poder me isolar do mundo
Sumir sem deixar pista

Os rastros do passado, do presente,
egoísta, sincero ou machista
As pessoas, a convivência
os poderes da injustiça

A fortaleza inexistente
A fraqueza persistente
Quem sabe a força de um amor divino
Não consiga transformar a gente?

As tempestades e os amores incrédulos
A fé até então destruída
As montanhas, as rochas, os mares
Tudo em um mundo "sem vida"

Eu sou extinta de uma raça imprópria
Que briga com as forças da natureza
Raça suja, desonesta
destruidores de suas próprias certezas.

Poema escrito em 2009.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Depois do começo

Pensamentos completos
Insensatos e sólidos
Que não são amáveis, tão pouco retrógrados.
Vejo o futuro bem mais que distante
Uma vida monótona, tão calma e constante.
Palavras são armas que ferem, machucam
Feridas eternas, não cicatrizam.
Vejo a dor, o cansaço, a fome
A forma desumana da justiça do homem.
Talvez não sabemos por que existimos
Se por causa da luz ou do poder divino.
Milhões de crianças sofrendo e chorando
A força humana está aumentando.
Como progredir se estamos recuando?
O mundo dá voltas, estamos parados
Depois vem a crise dos desesperados.
A morte é uma certeza ou inesperada?
Estamos seguindo, criando uma estrada.
Parece estranho ou desnecessário
Um aviso tão prévio ou mesmo macabro.
A vida depende dos nossos pecados
Ou então morreremos e não seremos lembrados.

Poema escrito em 2010.